AQUARELA
De verde, eu pintei a esperança,
Do vermelho, dei o tom da paixão
Do sangue, que brotou do coração,
No rubro negro da desesperança!
Do arco-íris que eu conheci,
Juntei todas as cores n’uma tela,
Surgindo, então, mágica aquarela
Colorida, das dores que senti!
Depois veio a paixão, descolorida
E o amor abandonou meu peito,
Deixando solitário o meu leito,
Enegrecido pela despedida...
Porém um novo amor reacendeu
As chamas, criando novas raízes.
Florescendo em todas as matizes
Extasiante, em mim, recrudesceu!