Lembranças

O tempo passou
e uma eternidade de folhas
foi arrastada pelos ventos
nos outonos da vida.
Uma infinidade de flores
desabrochou em toda primavera.
Magníficos raios de sol
iluminaram todo e qualquer verão.
E o gélido tempo de inverno
evidenciou a minha saudade...

Nem por isso
eu deixei de amar
as doces lembranças de Você...

Nossas palavras muitas vezes
ficaram apenas nos pensamentos.
E no segredo dos olhares tardios
permaneceu entre lágrimas
um denso silêncio
no ocaso de um talvez...
É triste viver
quando os sonhos se vão
como grãos de areia
por entre os dedos
do amanhã...

Quem sabe, algum dia poderei,
ajuntando
todas
as lembranças
da alma,
ter Você comigo
novamente,
a olhar o mesmo céu,
a mesma estrela,
num mesmo olhar...

            Vinhedo, 8 de maio de 2008.