MADRUGADA...
Madrugada de cristal...
Saudade, te faz assim...
Crescendo, dentro de mim,
impede que passe o tempo...
Sinto então, no meu tormento,
que a solidão é fatal...
Não vejo clarão de estrelas,
não vejo a lua prateada...
Paredes nuas, mais nada,
só um rosto, desenhado
na minha mente, intocado,
mas jamais irei revê - lo...
E o tempo então se liberta,
quando a manhã se ilumina,
trazendo brisa menina
dançando em flores cheirosas
qual dançarina mimosa,
mostrando - me a porta aberta...
A porta da esperança,
de mais um dia que nasce...
Agradeço ao Sol, baixinho,
que me aquece, de mansinho...
E na sublime alquimia,
torno - me alegre, criança...