exteriores

o ar que respiro me afaga

mas não me conhece os pulmões

o raio de sol me embriaga

mas deixa na pele arranhões

o frio me causa um vazio

se de noite não há ninguém

que faça com que o arrepio

se esqueça do mal que ele tem

as plantas colorem meu dia

de um verde suave e real

que eu penso que a alegria

podia ser habitual

podia ser como a criança

que não joga fora a esperança

Rio, 16/04/2008