“EU TENHO UM SONHO...” (Após reler o discurso homônimo de Martim Luther King)
“Eu tenho um sonho...” de ver todas as pessoas
De braços dados, juntas, como irmãs...
Sem desconfiança, nem maledicências,
Olhares puros, como as manhãs...
Rompe-se o sol: faz-se calor no ninho,
Que ecoem cantos no verde arrebol!
Sejam louvores, vozes de carinho,
Palavras brandas como o pôr-do-sol...
De braços dados, tal qual namorados,
Que pessoas andem, em amor fraterno;
Ósculo santo sempre seja dado
Pois ele aquece até o mais frio inverno!
Que importa a roupa? Ou a cor da pele?
Se todos somos, de todos, irmãos?
Por que diplomas excluem pessoas
Quando podemos todos dar as mãos?...
Por que a vaidade? A luta? O Poder?...
A Terra é farta! Vamos repartir!
Mas não apenas vinho e o alimento:
Principalmente, o fazer sorrir!...
Por que “Ter mais” se isto não importa,
Importando apenas o que é se “Ser”?
Vamos em busca desta gente morta
Que não conhece a palavra “Crer...”
Um dia tudo, tudo isto passa...
E nós seremos só restos mortais...
Mas quem crê, que isto é muito pouco,
Sabe que a Vida é isto... e muito mais!...
Há tesouros, jóias escondidas,
No fundo ignoto que temos em nós...
Siga o garimpo, em meio às feridas,
Juntos seremos sempre muitos “nós...”
Quando falarmos todos no plural
Esqueceremos o que é vão, crueldade!
Pensar nos outros, bem mais do que em nós,
Nos levará a viver Fraternidade!
A vida é curta, esvaem-se nossos dias...
Por que perdê-los com pensamentos vãos?
- Perdoa, ama, esquece o que fizeram...
E viveremos felizes como irmãos!...
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