ONDE NÃO HAJA SOFRIMENTO


À margem do tempo; perdido,
Desejo enorme de gritar;
Solta então, um grito!
Diz coisas sem sentido,
Tenta de alguma forma aliviar,
As batidas de um coração aflito,
A dor encosta, sussurra no ouvido,
Olhar fito no infinito,
No vôo suave do vento,
Tem um ímpeto quase violento,
Voar... voar... voar...
Além do seu pensamento,
Pretensioso ego, coitado!
Não passa de um micro ser desalado,
Sobe-lhe um pranto lento,
Sofre profundamente,
Enquanto o tempo assiste indiferente.
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No agito da ansiedade,
Uma fagulha de esperança ainda arde,
-Um dia terei coragem,
Pedirei:
-Empreste-me suas asas vento;
Voarei...
Em busca de outras paisagens,
Onde não haja sofrimento.