Um pouco de atenção
A carência é uma doença
Sentença perene, que a todo o momento nos trás
O sentimento de que esta nos faltando algo
Penitência que nos instiga á busca
De preencher o vazio nas asas da esperança
De uma ótica, provinda de um cativeiro sombrio e frio.
Dos recantos da solidão, viso o encontro.
Do saciar que ira me completar
Que seja 50%,20% ou 80% isso não, se sabe discriminar.
A dimensão da parte de mim que encontra nesse momento oculta além
do meu alcance.
Vejo-me em um vácuo abissal escuro ao mesmo que frio
Alojado no fundo do peito, incrementado na psique levando.
Um ser alegre e contagiante revolver se depressivo e frígido
Em resposta a um clamor de socorro pedindo atenção
Ouve-me o multidão, preciso de distração algo qualquer que
desvie meus olhos desse vácuo abissal
Preciso de ouvidos, correspondência de olhar.
Choros e sorrisos compassivos
Calor de abraço amigo estender de mão
Não luto para que me entenda ou me compreenda
Pois vira e mexer eu mesmo não encontro o meu eixo de contenção
A psique simula algo ainda maior do que o vácuo aparenta ser
Isolado mesmo que em meio a muitos o homem perde a razão
E nessa hora que a emoção tomar conta afugentando a razão
E ele reclama, exclama.
Mesmo que seja taxado de louco, mas foi assim que este conseguiu um pouco de atenção.
C. A. MARTINS