NOS BRAÇOS DE UM VERÃO
Não te impressiones, com o rigor de tuas dores;
Nem te assustes, com o volume de tuas lágrimas;
Sempre haverão de cessar as inflamações, mesmo dos rudes açoites;
E num belo dia, coram-se de alegria, as tristes faces pálidas!
Os alísios que sopram esse ardor, nas chagas do austral;
Haverão de circundar a Terra, e retornar com outras novidades;
Talvez aliviando a sequidão de paz, a fustigar também o boreal;
Revigorando os lares, hidratando os ares da cidade!
Que não te assombre, o doloroso efeito da peçonha;
Tem duas faces toda moeda, e o veneno também pode curar;
Se converterá em triunfo, teus dias de cinzas e vergonha;
Teu machucado coração, certamente vai sarar!
E a paz vai desarmar os teus conflitos, e o sol de um dia azul irá brilhar;
Quando se abrirem ao belo dia, as portas e janelas de tua solidão;
O invernoso dia de aflição, sobre asas de gaivotas vai revoar;
E tua alma descansará, nos braços de um paradisíaco verão!!