NOS BRAÇOS DE UM VERÃO

Não te impressiones, com o rigor de tuas dores;

Nem te assustes, com o volume de tuas lágrimas;

Sempre haverão de cessar as inflamações, mesmo dos rudes açoites;

E num belo dia, coram-se de alegria, as tristes faces pálidas!

Os alísios que sopram esse ardor, nas chagas do austral;

Haverão de circundar a Terra, e retornar com outras novidades;

Talvez aliviando a sequidão de paz, a fustigar também o boreal;

Revigorando os lares, hidratando os ares da cidade!

Que não te assombre, o doloroso efeito da peçonha;

Tem duas faces toda moeda, e o veneno também pode curar;

Se converterá em triunfo, teus dias de cinzas e vergonha;

Teu machucado coração, certamente vai sarar!

E a paz vai desarmar os teus conflitos, e o sol de um dia azul irá brilhar;

Quando se abrirem ao belo dia, as portas e janelas de tua solidão;

O invernoso dia de aflição, sobre asas de gaivotas vai revoar;

E tua alma descansará, nos braços de um paradisíaco verão!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 11/04/2008
Reeditado em 23/07/2008
Código do texto: T941373
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