SEM QUALQUER TEMOR

Doravante não me quedarei ante o espanto
E não revelarei os meus segredos,
Os tantos transpostos para o recôndito
E expostos outrora pelos inúmeros medos


Destarte, ousado, afirmo: não me calarei
Enquanto entre os homens houver injustiças
E, mesmo que me desencante com o que já sei,
Não permitirei que me amordacem as críticas


Serei como os bambus que, com o vento, se dobram
Mas não cedem ao temor e nem se quebram,
Por mais que urre o vendaval nas pradarias
Resistirei firme sem qualquer receio das sangrias


E embora me magoem profundo afiados facões,
Rasgando-me a carne e rompendo-me os tendões,
Resistirei com estoicismo e tenaz firmeza
Pois para mim a esperança é a única certeza

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 07/04/2008
Código do texto: T935131
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