OLHOS DE ESPERANÇA
Autoria de Regilene Rodrigues Neves
Ás vezes a esperança
Perde-se num vazio
Ilhada em solidão...
Os sentimentos frágeis
A sensibilidade exposta às lágrimas
Num desabafo de toda uma vida
De escaladas íngremes... De um povo!
Sonhos vistos de uma fresta
Na janela entreaberta da alma
Num olhar alheio envolto...
Numa redoma de anseios
Perdidos em vales de passagens
Abertas em íntimas feridas no coração!
Por vezes a emoção caminha
Lado a lado aos ressentimentos do abandono
A miséria e a ignorância intrínseca
Numa relação sôfrega do semelhante.
Lá fora... Sob o tempo...
Um corrimão entre os degraus da sorte
Segurando uma legião de guerreiros
Numa batalha de guerras
De sobrevivência da vida e da alma
Famintos de uma cura de amor!
Levantando das favelas
Miseráveis de uma geração
Que sobrevivem da esperança
Que nem sempre chega antes da morte
Por fenecer a vida em tantos sofrimentos...
Persiste o guerreiro
Numa luta de sortilégios,
Para encontrar a sorte
De esbarrar na esperança
E nos seus olhos ver
Apenas um passado
Não mais esse presente sôfrego,
Porque chegou o futuro
Nas mãos da esperança...
Vem carregada de abundância de felicidade
Espalha alegria... Sonhos de prosperidade...
A liberdade corre na velocidade do amanhã...
Que chegou trazendo bonança
Aos flagelados de toda sorte de infortúnios...
O olhar da esperança reascende uma nova chama
Os sonhos abraçam o horizonte
Perdido entre as flâmulas de uma nação
A nascente encontra a vida... Uma nova emoção
Paira no sossego de um coração vazio...
Em 05 de abril de 2008