Barquinho de esperança

Barco que leva as ondas do meu ser,

vem me ver

à beira desta praia

onde algum mar descansa.

É-me a vida a chuva que te molha,

o sol que em ti vagueia

beijando cada dia que se acende.

Dá-me a poesia,

sê meus versos

e te digo, barco,

há em ti o meu regresso

e por isso chega...

Posso até ser as ondas onde deslizas

e se, ao me ver, acreditas,

saibas

nada mais me habita deste mesmo mar

senão o outro mar desses meus versos...