MONTANHA RUSSA

Somos mesmo eternas crianças a brincar de viver?

Ou somente a vida que não nos deixa crescer?

Sinto a vida uma eterna montanha russa...

Altos e baixos... Subida... Marasmo... Movimento... Caída!

Em intensidade ora calma, ora vibrante!

Quando nasci, embarquei nesse trenzinho

E até hoje sinto-me a platéia nesse espetáculo!

Pois nunca sei como será seu próximo ato!

Nas horas que esse trenzinho está em linha reta...

Marasmo... Falta brilho nessa viagem, dá cansaço!

E relaxamos a tensão, vibrando no mesmo acorde...

Como que dando um tempo para retomar a respiração!

De repente, um tranco! E esse trenzinho nos faz o céu avistar

Estamos subindo... Subindo... Viajando nessa visão!

Coração acelera... Vida rápida... Felicidade constante!

E amamos... A tudo e a todos... O mundo é só perfeição!

Até as menores flores não passam despercebidas!

Tudo no nosso caminho é uma linda criação...

Distribuímos amor, alegria, sorriso e doce canção!

Mas a viagem não pára... O trenzinho segue em frente!

De novo vem a mudança... Nada mais é constante...

E nos vemos caindo num abismo, numa velocidade estonteante!

E mesmo gritando, lutando, nos contorcendo...

Essa montanha russa nos leva adiante!

Neste momento nos sentimos acuados, pequenos...

Não conseguimos esboçar reação!

Caímos numa tristeza imensa... Uma grande depressão!

Por isso me pergunto: ainda somos crianças?

Porque então não aproveitamos essa brusca caída

E abrimos os braços para o mundo...

Como que alçando vôo?

Quem sabe não é essa a saída para mudarmos o jogo?

Afinal, nascemos livres para voar...

E assim agindo, quem sabe, a felicidade alcançar!

Podemos até nos machucar feio nesse vôo...

Mas com certeza, sairemos felizes desse trenzinho

Que nos colocaram sem nos perguntar

Se era mesmo com esse brinquedo que queríamos brincar!