ÁGUIAS BRANCAS
Águias brancas – vós sois quais sóis errantes
Iluminando os mundos, das alturas;
Sois do espaço os eternos viandantes,
Levando a Deus o amor das criaturas!
Águias brancas – quem poderá contê-las,
Em vôo imenso pelo Firmamento,
Transpondo astros circundando estrelas,
Se são velozes como o pensamento?
Águias brancas - voai pelos espaços,
E conduzi aos céus as nossas preces,
Trazei de lá de volta, aos nossos braços,
Um coração de Luz, cheio de messes!
Águias brancas – voai sobre as esferas,
Em vôo imenso, intrépido e audaz,
E dizei ao Senhor que são sinceras
As súplicas do mundo pela Paz!
Águias brancas – vós sois as pioneiras
Do progresso feliz da Humanidade,
Em conduzindo as terras estrangeiras
O nosso amor, a nossa caridade!
Águias brancas – repletas se esperança,
Levai convosco um ramo de oliveira,
E deixai-o cair, lá sobre a França,
Que lhe transmite a gente brasileira
Águias brancas – ó quanta glória encerras!
Guia-vos sempre um sentimento bom.
Jamais vós fostes feitas para as guerras,
Só para o bem vos quis Santos Dumont!
Águias brancas – que um lindo céu de anil
Retalhais em diversas direções,
Ide! E dizei ao mundo que o Brasil
É pátria de vinte e dois corações!
Águias brancas – vós sois mais que os condores,
Na disputa suprema do infinito,
Levando pelos céus, envolto em flores,
O “auri-verde pendão” – por Deus bendito!
Jaubert