Como Se Fosse o Último
Vivi o teu problema
Debrucei-me
Sobre a tua vida,
Meu dilema:
Não viver a minha
Bem vivida.
Iludi-me com cada gesto
Inconsistente
Esqueci de mim
E assim
Arrastei correntes.
As águas passaram
E no velho rio
A correnteza é nova...
Nem mesmo a flor
Que se abre
Em abril é a mesma
Pois começa o outono
Folhas velhas caem
Para dar vez a novas.
Das torrentes que derramei
Salgadas e quentes
Quero apenas e somente
Que dêem vez
A um céu azul
A um vento que sopre
Tranqüilo de sul a norte
Para que seja cada dia
Vivido como se fosse
O último!
www.joselmavasconcelos.blogspot.com