Como Se Fosse o Último

Vivi o teu problema

Debrucei-me

Sobre a tua vida,

Meu dilema:

Não viver a minha

Bem vivida.

Iludi-me com cada gesto

Inconsistente

Esqueci de mim

E assim

Arrastei correntes.

As águas passaram

E no velho rio

A correnteza é nova...

Nem mesmo a flor

Que se abre

Em abril é a mesma

Pois começa o outono

Folhas velhas caem

Para dar vez a novas.

Das torrentes que derramei

Salgadas e quentes

Quero apenas e somente

Que dêem vez

A um céu azul

A um vento que sopre

Tranqüilo de sul a norte

Para que seja cada dia

Vivido como se fosse

O último!

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Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 28/03/2008
Reeditado em 29/03/2008
Código do texto: T921015