ISOLO-ME NA POESIA

Isolo-me na poesia

Para fugir á pressão

Dos mais que não queria

Em zelo da solidão

Não tenho pressa de chegar

Para não chegar cedo

E no raciocínio me apoiar

Para esboçar a vida sem medo

No palácio da fragilidade

Há embrulhos de senões

Adoptando intranquilidade

Porta-voz dos serões

Cada poema é um manifesto

Ao colo da madrugada

Do que amo ou contesto

E depois broto em papelada