O Plebeu
Quanta gente pobre,
Quanta gente nobre
O pobre não vive
Falta o pão.
Se pede ao nobre,
Recebe um não
Falta o sapato,
Anda com o pé no chão.
Vive maltrapilho
Sem ter no bolso um tostão,
Se vai a mendigar
Só recebe humilhação.
Quando adoece, se vale da oração
Sai a procura de trabalho,
O nobre responde:
não tem condição.
Se está fraco, sem disposição
A culpa é nossa, é sua
Diariamente
Negamo-lhes o pão.