DORES QUE NÃO CHORAM

Sou homem ao mar num cartaz de ilusão

Personalizando a realidade por sentimentos

Que exponho no rosto os traços do coração

E grito alto para acordar os meus momentos

Ilustres de um depoimento detido nas estrelas

Que trago ao solo pela corda da confiança

E são tantas as fantasias e todas vou vive-las

Caindo em almofadas cheias de esperança

Sem nada que fazer vou pondo letras rivais

Aos meus medos que me afrontam o caminho

E da tristeza expulsar e desabafar os últimos ais

Aproveitando a liberdade de estar sozinho

Com luz de coragem que ilumina a direito

O sentido do meu propósito por encontrar

Aprender a qualidade da virtude sem defeito

Para conseguir me amar e ser capaz de amar

Ao escrever partilho comigo o olhar da vida

Pondo fim aos hesitares que me esbarram

Brutalmente de frente pela vida já perdida

Contra paredes de dores que não choram