CAMINHOS DE VENTO
Nem sempre a côr azul prevalece;
O céu nublado é prenúncio do frio
E o calor do Sol que te aquece,
Também queima-lhe o peito sombrio.
A quanto tempo anseias pela sorte ?
Que deliras, vislumbrando outro horizonte ?
Não declines como a noite, seja forte !
Enquanto sorveres o fel amargo da fonte !
Tens um destino negro a ser traçado
E ainda teimas em sustentar um sorriso ...
O presente um dia será parte do passado
Mas não percebes, da brisa, o doce aliso ...
E te arrastas nos caminhos de vento:
É um viver soluçado e constante !
Não te perturbe, a roda-viva do tempo
Que as dores também moldam o semblante !