MENSAGEIRO
Vento frio da noite escura,
Mensageiro das almas penadas da guerra,
Sabe, por acaso, quando se encerra
Essa luta bárbara e absurda?
Tens em ti, vento, um sopro de esperança
Para a pobre criança
De pai detonado
E mãe violentada,
Ou és, apenas, indício de chuva de bombas?
Vai, vento, embora daqui!
Leve a ganância e todos os ódios conjugados.
Carregue as feridas e os pesares,
Disperse por serras e mares
Toda a dor e dissabor!
Mas não fique, vento, para sempre!
Volte, num dia novo, carregado
De ventura e alegria,
De saudade e melancolia,
Mas cheio de paz.
Serás, então, o vento feliz
No tempo sem fim do amor;
Despido do gélido frio,
Repleto de doce calor,
No inebriante perfume da flor.
Vento frio da noite escura,
Mensageiro das almas penadas da guerra,
Sabe, por acaso, quando se encerra
Essa luta bárbara e absurda?
Tens em ti, vento, um sopro de esperança
Para a pobre criança
De pai detonado
E mãe violentada,
Ou és, apenas, indício de chuva de bombas?
Vai, vento, embora daqui!
Leve a ganância e todos os ódios conjugados.
Carregue as feridas e os pesares,
Disperse por serras e mares
Toda a dor e dissabor!
Mas não fique, vento, para sempre!
Volte, num dia novo, carregado
De ventura e alegria,
De saudade e melancolia,
Mas cheio de paz.
Serás, então, o vento feliz
No tempo sem fim do amor;
Despido do gélido frio,
Repleto de doce calor,
No inebriante perfume da flor.