Cara de poeta

Sinto o tempo passando
por entre minhas janelas
que outrora foram alegres
e cheias de vida.
Quantas flores reguei
naquelas gamelas
flores puras, singelas
cheias de lembranças queridas...
... Mudei meu retrato,
mudei minha cara,
na esperança
de ficar mais moço,
vivendo neste calabouço
de solidão sem fim.
Espero que assim
um dia possa
ser como a poesia que diz:
"Eu não tenho nada,
mas rouxinóis
gorgolejam versos na calçada
É assim que se começa
a ser feliz!"...


                              Vinhedo, 14 de fevereiro de 2008.