DESTINO DA FLOR

Numa certa ocasião um amigo

Em um desses dias de visita a sepulcro

Ele, metido a poeta destemido

Ao ver ao lado de um túmulo antigo

O desabrochar de uma flor fulgurante e colorida

Recitou de forma marcada e atrevida

Olhando fixo o pesaroso castigo:

“Veja, mas que bela flor

Nos primeiros passos da vida

Encontras-te com a morte e a dor.

Retira-la, seria arrancá-la do lugar onde nasceu

Deixa-la, seria deixá-la com a morte.

Pois, que fique lindo exemplar gineceu

Tentarei trocar o túmulo de lugar

Para melhorar a tua sorte”.