Brisa...

Difícil escolha a da paciência,
esperar que o tempo vire as folhas mortas,
sacudam as folhas rotas,
levando-as embora!
Difícil a escolha da temperança,
dicernir entre as dores,
sabê-las, sentí-las, descartá-las...
Não ser para elas uma presa sem esperanças!
Difícil o cultivar no coração a esperança,
aquela força que nos motive
ante as tempestades...
Qual brisa leve e suave,
nos passa desapercebida, ante a face,
ante os sentidos que se convulsionam...
Mas é uma brisa forte,
que limpa a nossa alma das dores,
de nossos corações limpam os cortes,
para que não infeccionem!
Levam delicadamente as folhas mortas,
- nossas dores...
Deixando-nos prontos para as novas,
jovens e fortes...
- As de amores, de alegrias...
Deixando prontos para outras flôres,
para outros frutos,
tenros e doces...
Para outras sementes!
Promessa de continuidade, eternidade,
mesmo quando de nossos corpos
a vida nos abandone!


Edvaldo Rosa
29/01/2007
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