Ufa!
Morreste sem apreço
O endereço logo esquecido
Teus passos jamais seguidos
Passaste pela vida cinza pardo
Não fizeste sombra
Tampouco clareasse o dia.
Vagas no breu eterno
Sem prece sem nada
A matéria apodrece
O espírito, porém, sem ninguém.
Na solidão do além
Colhes frutos que plantaste.
O ciclo da vida continua
Tua prole aliviada aplaude
Enxerga o horizonte que aflora
Já não existe o luto que cobria
Noites de calmaria sem agonia
Dias iluminado livre da tua companhia.
Jamaveira