Um toque do destino

Um Toque do Destino

De que me adianta o livre-arbítrio

Se o destino está definido?

De que me adianta fazer tantas escolhas

Se meu destino é certo?

Não falo do destino inevitável,

Mas daquele que todos queremos,

O destino que ansiamos.

De que me adianta

Vislumbrar tantas possibilidades,

Se é o destino quem dita o final?

E não falo da sepultura.

De que me adianta?

O que adianta

Te ver,

Te querer,

Te amar...

E o destino—

A escolha do destino—

Não ser eu pra você,

Não ser você pra mim.

Livre-arbítrio?

Ainda que eu não acredite em destino,

Faço leituras óbvias,

Vejo e revejo...

Déjà vu ou déjà vi,

Que seja algo que ainda não vi e estou vendo.

Sei dos toques do destino,

Sei que esse toque, na verdade, é um atropelo.

Empurrado de um penhasco, onde o destino é um só.

E...

E não falo da morte.