Ele era rocha, um farol sem desvio,
Firmemente fincado no chão do desafio.
Olhos de aço, guiados pelo norte,
Coração como bússola, fiel à sua sorte.
Ela era brisa, que dança no ar,
com riso de sol, e olhos a brilhar.
Queria aquecer o que o vento esfriou,
fazer doce mel onde o tempo parou.
Encontraram-se um dia, a razão e a paixão,
ele, seguro; ela, emoção.
E mesmo com mundos que pareciam colidir,
havia nas diferenças um novo porvir.
Ela trouxe flores para o rochedo árido,
ele deu rumo ao seu sonho sem abrigo.
Juntos escreveram um verso sem fim,
com as cores dela, e o compasso dele, enfim.
Pois na harmonia de tudo o que é contrário,
se faz do amor um templo extraordinário.