Cadeira azul
Eu quero viver.
Não quero mais beber.
Mesmo que a voz surda da chuva
venha me assustar,
quero contemplar o mar,
sentar na cadeira azul—
lá é meu lugar.
Com pessoas a conversar,
tomamos café,
comemos biscoito de água e sal.
É tão especial,
a vida desse jeito,
sem ninguém insistir
que o álcool há de me assistir
quando eu partir.