Esperança sombria
No abismo negro de intensa escuridão
Surge e chama de um frágil coração.
A esperança como névoa, opaca e nebulosa
Brilha tímida, mas ainda assim, muito poderosa.
Em meio à ruína de um castelo caído
Ela se ergue, como um aconchegante abrigo.
Uma estrela que mesmo perdida ainda brilha
Refletindo sua luz, embeleza a trilha.
Nos ossos do medo e nas veias do sofrer
A esperança caminha, apesar de tudo que vê.
Com passos suaves que não ousam entender
Que o amanhã pode, um novo mundo oferecer.
Mesmo no escuro onde a dor é mais forte
Ela floresce contra o peso da morte.
Sussurra segredos ao vento da sorte
E na solidão se faz a luz em suporte.
E a esperança mesmo distante e altiva
Que entre sombras, teimosa se aviva.
Tua chama frágil ainda ilumina
E em meio ao caos, a alma anima.