FILHO DO SERTÃO
FILHO
DO
SERTÃO
Lembro da minha terra,
Lá no sertão nordestino,
No meu tempo de menino,
Subindo e descendo a serra.
Sinto a força sertaneja,
O barro, e o pé no chão,
A fé, a luta e a oração…
Que se bota na peleja.
O sangue pouco e forte,
Por falta de água, era grosso,
Dava ao velho, e ao moço,
Mais vida, do que mais morte.
Parecia que, a vida ali,
Era feita de esperança,
Nos olhos da criança,
Que desejava, um dia
partir.
R. Coraci