A FERIDA E O REMÉDIO...
Ponha o dedo na ferida aberta,
E sinta a dor que ela carrega,
Mas não vá apenas pela jornada,
Leve consigo a cura que se entrega.
A dor alheia é um lamento calado,
Um grito mudo que clama por cuidado,
Se o toque for apenas um passo isolado,
A cura jamais será alcançado.
O dedo que toca deve ser gentil,
Como o bálsamo que acalma o febril,
Não basta ver a dor no caminho hostil,
É preciso curar, é preciso ser sutil.
A ferida exposta pede atenção,
O remédio é a luz em escuridão,
Se há dor, também há uma solução,
O dedo que toca, traz a redenção.
No toque há amor, no remédio há vida,
A ferida é a prova da luta sofrida,
Mas com carinho e a cura pedida,
A dor se transforma e se torna esquecida.
Então toque a ferida com sabedoria,
Leve o remédio, leve a alegria,
Curar é um ato de nobre magia,
É transformar a dor em melodia.