TRAVESSO SOLITÁRIO
O menino travesso traquino
Gritava e sorria desdentado
Olhava em volta o velho
Dormindo, roncando, sentado.
O menino gritava atento
Buscando a forma ideal
De ser o primeiro do dia
Com a venda do pão de mel
Mãos sujas e geladas
Roupa rota encardida
Nariz escorrendo
A manga da blusa serve de lenço
A mãe aguarda sua cria
Preocupada com a tirania
Perigos que aceiram perversos à solta,
A morte ronda lenta.