Abri a porta do tempo
Varri a poeira dos sentimentos
Que não valiam nada dentro
Das memórias de uma história.
Limpei os tapetes
Desfiz dos velhos enfeites
Deixados ao vento
Para serem levados
Ao precipício das dores
Onde temores
Dividem espaços com as incertezas.
No deserto das palavras secas
Refúgio de gritos sem ouvintes
Deixei este tanto que ninguém escutou.
Abri a porta do tempo
Varri a poeira ao vento.