Chamado
Um sininho badalava
bem lá no fundo de mim
dizendo acorda menina
não é hora de dormir
E eu ficava quietinha
fingindo que não ouvia
aquele chamado da vida
que há tanto eu não vivia
Mas o sininho insistia
que eu precisava reagir
sair do marasmo que estava
e de novo a vida seguir
E o seu insistente tocar
foi tocando os meus sentidos
tal qual a linguagem da fumaça
formou-se a das badaladas
E elas repetiam assim
venha para a rua menina
o caminho está ai
acenda a luz que há em ti
E sua mensagem fez nascer
um novo sol no meu peito
brotando em mim a esperança
e eu de novo vivi ...