COMPANHEIRA CONSTANTE, EM MOMENTOS INCONSTANTES
Ela cresce por entre as arestas,
Desabrochando por onde há frestas,
Brotando em meio aos pés de espinho,
Chegando aonde a ave faz o seu ninho.
A primeira a aparecer,
A única a permanecer,
A primeira a recorrer,
A última a morrer.
O morador de rua não a perde,
O empresário a empreende,
A dona de casa a cede,
O estudado não a entende.
O primeiro refúgio em tempos difíceis,
A sua amiga em dias maçantes.
Pode-se ter por dias melhores constantes,
Ou por alcançar objetivos fúteis.
No último suspiro ela não se esgota,
Quando a água acaba ela é a ultima gota.
Quando o calor chega ela é um ventilador,
Quando a luta é constante ela é o alivio da dor.