A gota
O que era para durar se tornou coisa do passado
As coisas de momento deram vez ao que um dia foi duradouro
Quando o certo cede lugar ao passageiro é porque chegou a hora
Feito rebanho, a sociedade errante caminha para o matadouro
Quando os sonhos de nossa juventude ficam para trás
Quando os momentos de amor se tornam meras lembranças
O peso das palavras se torna uma falácia das antigas
A vida perde sentido e o que era certeza no máximo se torna uma esperança
Sonhos... motores d’alma
Neles somos livres para voar
Atravessamos o tempo sem medo de sofrer
Revivemos os bons momentos renascendo n’alma a vontade de amar
Não se deixe levar pelo que falam
Muitos que estão ao teu lado na realidade estão fantasiados de amigo
Se um dia te ocorrer o pensamento “quando foi que o fogo apagou”, resigne-se:
Viver é uma dadiva quando os fantasmas do passado deixam de ser nossos inimigos
Dispa-se desses valores enquanto é tempo
Volte-se para a vida dando luz ao teu amor
Os segredos mais secretos nem você mesmo os conhece,
Nada melhor que uma alma livre para amar, ser integra libertando a própria dor
Coração, por favor, não vá embora – preciso muito de você
Nas entrelinhas das estações de nossa vida notei que um vazio adormece
Na escadaria do tempo cruzei com estrelas cadentes fazendo vácuo no infinito
As 03;35 o sono ainda não veio e em meu peito o amor pela vida aquece
Sempre pensei que as histórias de amor fossem plenas de um vocabulário de ilusões
Errei, pois em minha história jamais vivi situações equivalentes
Hoje dou graças pelo que fui e sou, afinal...
A gota não fura a pedra pela força e sim por quedas frequentes
Manoel Claudio Vieira – 20/11/24 - 03:58