Amanhã, talvez !

 

 

Se não te apago...

É esperança que permanece

na doçura de cada amanhã,

na simplicidade não dita

no grito morto na garganta

solto pela liberdade do desejo

e da fome de amar

que adormeço e amanheço

na solidão da espera

 

Se não abraço o que ficou

é que nem tanto creio na dor

tampouco sei se resta amor

pois não sei onde ele ficou

só sei do afastar sem despedida

do adeus sem aceno

da lágrima desconhecida

que rolou no porto, entristecida

 

Não levou a sério

que fizera da alma amanhecida

deixara perdido, o beijo, a nova vida

é possível ser os sorrisos meio amargos

em mistérios a buscar pouso

abrindo em cânticos de amor

hinos de louvor...

em mãos dadas ainda em oferta

daquilo que será, quando o amor voltar.

 

*

 

Gratidão pela nobre visita !    

volte sempre !

 

Eny Miranda
Enviado por Eny Miranda em 07/11/2024
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