De braços abertos

Braços abertos feito asas que não se veem,

Sob a luz do sol no infinito

mergulho no céu que nem sabe que existe,

E o brilho pulsante, dança de chama e sopro,

No dom de sentir, em cores que o mundo insiste, no grito.

Flutuo entre ares de sonhos e espelhos,

risos que despencam de nuvens ao chão,

sou grito no eco, sou eco no vento,

sem freio, sem rosto, sem direção.

Viver , lançar-se nos abismos sem nome,

cair em silêncios que cantam em dor,

sentir que a alma também tem espinhos

e, ainda assim, engrandece em fulgor.

Ser livre nos sentimentos é ser aquarela,

mistura que ri e chora ao pintar,

beber do invisível, dançar no que resta,

e entender o sentido de se reinventar.

Então, que venham abismos, cometas, neblinas,

abraçando cada absurdo, cada instante fractal,

Já que viver é saltar entre o claro e o nada,

e achar o sentido no que é irreal.

Ig: (@Rafa krek)

Rafa Krek
Enviado por Rafa Krek em 04/11/2024
Código do texto: T8189258
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