À Teresa

Não chores, Terezinha, as Onze Horas

Que já não te sorriem às estradas

Nem pela luz fulgida que, roubada,

Cessara o infanto brilho em tua memória

O desencanto eu sei que a ti demora

A ser compreendido e, abalada,

Sei que fitas mais uma vez a estrada

E estimas tenra idade sonhadora.

Ora, lembra-te disto: sê menina!

Por toda vida. Farta os teus enleios

Co'as ervas que colhestes das esquinas,

E as quedas de montada no potreiro.

Cavalga livremente estas colinas,

Teresa. A tez é fina, e o mundo é cheio.

--

Obs: Onze Horas: colóquio para Portulaca Grandiflora (flor).

Raquel Minchetti
Enviado por Raquel Minchetti em 02/10/2024
Código do texto: T8165153
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.