À Teresa
Não chores, Terezinha, as Onze Horas
Que já não te sorriem às estradas
Nem pela luz fulgida que, roubada,
Cessara o infanto brilho em tua memória
O desencanto eu sei que a ti demora
A ser compreendido e, abalada,
Sei que fitas mais uma vez a estrada
E estimas tenra idade sonhadora.
Ora, lembra-te disto: sê menina!
Por toda vida. Farta os teus enleios
Co'as ervas que colhestes das esquinas,
E as quedas de montada no potreiro.
Cavalga livremente estas colinas,
Teresa. A tez é fina, e o mundo é cheio.
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Obs: Onze Horas: colóquio para Portulaca Grandiflora (flor).