Lágrimas do Sol

Lágrimas do sol… memórias do sertão!

Tempo arisco que um dia me fez afugentar,

Dessa terra entristecida do sertão!

Deixaram marcas no olhar e no coração,

Me fez descontentar!

Da esperança vieram o medo de voltar!

Na varanda, uma rede a balançar.

A neblina minha companheira da noite

Traz a incerteza de um céu acinzentado,

Coberto por algumas estrelas errantes!

Lágrimas de chuva sem horizonte…

Ficava eu a esperar!

Quando a chuva vier, voltarei ao meu “habitat”

Na certeza de sonhar outra vez.

Na garganta, a vontade de gritar!

Lágrimas do sol, memórias do sertão

Vem a expressão…

Que um dia esvaziou o meu coração!

Lágrimas escoarão em meu rosto.

Pela gratidão, cada gota de chuva…

Que vierem à terra molhar!

Reencontrei na alma a vontade de viver.

Um coração flagelado!

No dia que o sol se desfez, meu bem-querer!

Nasceu nova esperança,

Um novo amanhecer!

Por Ernane Bernardo

Ernane Bernardo
Enviado por Ernane Bernardo em 26/09/2024
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