Escrito ao longo de cinco dias no hospital

 

Cinco Dias no Limite

 

Cinco dias, apenas cinco,

Mas parecem ter durado uma vida,

Cada manhã traz consigo um novo medo,

E uma nova esperança,

Que se mistura ao brilho do sol lá fora.

 

As máquinas soam como um relógio,

Marcando o tempo que ele não sente,

Um tempo que não pertence a nós,

Mas que seguimos contando,

Como se a conta pudesse nos salvar.

 

Os médicos falam em termos técnicos,

Palavras que deveriam trazer conforto,

Mas que só aumentam a angústia,

Cada atualização uma faca de dois gumes,

Esperança e desespero, lado a lado.

 

E ainda assim, eu espero,

Porque não posso fazer mais nada,

A não ser sentar nesta cadeira,

E acreditar que, no final,

Ele voltará para onde o sol também brilha.

 

Cinco dias que não terminam,

Cinco dias em que o mundo lá fora continua,

Mas aqui dentro, o tempo está suspenso,

À espera de um milagre,

Ou de um adeus definitivo.

 

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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias

Leia a Decisão de Viver

A Sales
Enviado por A Sales em 28/08/2024
Reeditado em 28/08/2024
Código do texto: T8138881
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