Escrito ao longo de cinco dias no hospital
Cinco Dias no Limite
Cinco dias, apenas cinco,
Mas parecem ter durado uma vida,
Cada manhã traz consigo um novo medo,
E uma nova esperança,
Que se mistura ao brilho do sol lá fora.
As máquinas soam como um relógio,
Marcando o tempo que ele não sente,
Um tempo que não pertence a nós,
Mas que seguimos contando,
Como se a conta pudesse nos salvar.
Os médicos falam em termos técnicos,
Palavras que deveriam trazer conforto,
Mas que só aumentam a angústia,
Cada atualização uma faca de dois gumes,
Esperança e desespero, lado a lado.
E ainda assim, eu espero,
Porque não posso fazer mais nada,
A não ser sentar nesta cadeira,
E acreditar que, no final,
Ele voltará para onde o sol também brilha.
Cinco dias que não terminam,
Cinco dias em que o mundo lá fora continua,
Mas aqui dentro, o tempo está suspenso,
À espera de um milagre,
Ou de um adeus definitivo.
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Leia o texto que deu origem a esta carta. Esperança entre Máquinas e Memórias