Escrito ao longo de cinco dias no hospital
Entre a Vida e a Morte
Entre a vida e a morte, eu caminho,
Na linha tênue que separa a esperança da perda,
O mundo de fora parece distante,
Enquanto aqui, cada batida é uma batalha,
Cada suspiro, uma vitória fugaz.
Ele não queria estar assim,
Preso a uma existência artificial,
Seu corpo conectado a máquinas que ditam o ritmo,
Daquilo que deveria ser natural,
Mas agora é apenas sobrevivência.
O tempo parou neste lugar,
E eu, junto com ele,
Sou prisioneiro dessa espera,
Onde cada manhã renova a angústia,
E cada noite a esperança.
Olho para o sol lá fora,
E me pergunto se ele sente sua falta,
Se ainda pode sonhar,
Se ainda pode desejar voltar,
Para um mundo onde o ar não é emprestado.
Entre a vida e a morte, nós dois esperamos,
Ele em silêncio, eu em prece,
Que as máquinas se calem,
E que ele possa, enfim,
Respirar por si mesmo.
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Leia o texto que deu origem a esta poesia: Esperança Entre Máquinas e Memórias