PARA O ANDRE E PARA O PAULO
PARA O ANDRE E PARA O PAULO
(meus filhos)
Um dia, meus gaúchos
Na derradeira hora de uma despedida,
Montando em potros, me acenarão chapéus,
E em arrancadas e em escarcéus,
Irão em escaramuças, camperear a vida...
E os potros da melhor tropilha
E os aperos- tudo flor de luxo
De prata e ouro, cada bombilha.
E os verei, sumindo nas coxilhas
Levando a tropa do ideal gaúcho
E haverão de vir frios e temporais,
E, nos verões sóis de mormaço
Mas não sofrerão, vocês, os vis sogaços
Pois foram temperados
Na forja caudilha dos ancestrais
Que resultou em mescla forte e nobre
Mais nobre e mais forte do que o próprio aço