Ventos alísios
Quisera eu, que todos toques
Fossem iguais aos primeiros...
Leves, leves, suaves, sussurrantes
Penetrantes, esvoaçantes, como a pluma
Que se balança ao sabor do vento!
Vento que me traz notícias
Do seu viver, do seu caminhar
Macio, altivo...
Do seu modo de amar e ser amado
De sua maneira de ser e agir
Vento, brisa, redemoinho...
Que contagia todo meu ser
Preparando- se para saborear
A sua chegada, sorrateira e varonil
E você chega com o balançar das folhas
Visível, invisível estás presente
Com sua maneira prazerosa
De fazer- me feliz
Os dias passam de mansinho...
Escorregando entre a ânsia do querer e ter
Entre a vontade de ouvi-lo sempre
A deixar fluir sia sabedoria!
E o vento leva-o para bem distante...
Misturando- se ao mistério do ser
Que se desencanta com o que vê!...
A simples nudez do querer...