AS FLORES DE PLÁSTICO NÃO MORREM
“Pelos campos há fome
Em grandes plantações
Pelas ruas marchando
Indecisos cordões
Ainda fazem da flor
Seu mais forte refrão
E acreditam nas flores
Vencendo o canhão”
Geraldo Vandré
Andavas entre rosas e espinhos
Nos porões fétidos da ditadura
A liberdade privada, desatinos
Privações, horrores... torturas.
E na luta árdua pela nossa libertação
Enfrentastes os fuzis com belas flores
No teu olhar o desprezo pela revolução
Gesto sutil, sorristes disfarçando dores.
Das pacíficas intenções incompreendida
Eles te torturaram, estupraram, abortastes
O sonho de liberdade que habitava teu ser
Sozinha, em frangalhos mas destemida
No derradeiro instante final enfrentastes
Os fuzis que anteciparam tua breve partida.
Maurélio Machado
imagem Facebook