O SANTO DE ASSIS... * 16h22min.
(Augusto de Lima).
No suave mistério dos espaços,
Santa Maria dos Anjos inda existe,
Com a mesma luz divina de seus traços,
Repartindo a Virtude, a Graça e os Dons
Que a palavra DIVINA do Cordeiro
Prometeu aos pacíficos e aos bons
Do mundo inteiro...
Uma nova Porciúncula, dourada
Pelos astros de mística alvorada,
Aí se rejubila,
Sob a paz de Jesus, terna e tranquila,
Derramando no Além ignorado
Os sonhos de Virtude e Perfeição,
Daquela mesma Umbria do passado,
Cheio de encantamento e oração.
A luz dos sóis da etérea Natureza,
Numa doce e ideal Eucaristia,
O esposo da Pobreza
No seu manto de amor e de alegria
Inda abre os braços para os pecadores...
“Irmão sol, Irmãos Anjos, Irmãs Flores,
Não nos cansemos de glorificar
A caridade imensa do Senhor,
Sua sabedoria e seu amor,
Procurando Salvar
Os nossos irmãos Homens mergulhados
Entre as noites sombrias dos Pecados...”
E à voz suave e dúlcida do Santo,
A Terra escura e triste se povoa
De anjos de amor, que enxugam todo o pranto
E que levam consigo
Todo o consolo amigo
Da Esperança no Céu, singela e boa.
Das paragens etéreas
De sua ideal igreja,
São Francisco de Assis abraça e beija
O homem que sofre todas as misérias,
Amparando-lhe a alma combalida
Nos desertos de lágrimas da Vida,
E o conduz
Ao regaço divino de Jesus!
Santo de Assis, divino poverello,
Nas amarguras de meu pesadelo
De vaidade do mundo que devasta
Todo o bem, tua luz singela e casta
Beijando as minhas lepras asquerosas...
Uma chuva de lírios e rosas
Lavou-me o coração de pecador
E guardei para sempre o teu amor.
Santo de Assis, irmão da Caridade
Que me curaste as lepras e a cegueira,
Depois da morte, à luz da imensidade,
Quero ainda abençoar-te a vida inteira.
*Adendo nosso.
Hoje, abrindo a esmo o livro Parnaso de Além Túmulo, que foi o primeiro livro psicografado pelo Sensitivo, Francisco Cândido Xavier, isto em 1932, quando o médium tinha tão somente 22 anos. Estes versos que acabamos de digitar é de autoria do poeta Augusto de Lima, os versos são bem inspirados e de rara sensibilidade. Este poeta desencarnou em 1934, na primeira edição seu nome não aparecia, mas, apareceu nas outras edições...
Dados da Federação Espírita Brasileira: “Poeta nascido em Sabará (MG) em 5 de abril de 1859 e desencarnado no Rio de Janeiro 22 de abril de 1934. Magistrado íntegro, orador e publicista, militou na política e foi membro da Academia Brasileira de Letras, tendo ocupado a presidência desta instituição”. 17h55min.
Curitiba, 18 de junho de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul
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