NOVA DIMENSÃO
Quando ela abriu,
A cortina,
E a luz do sol entrou,
Pela vidraça,
Ela não resistiu,
Sorriu,
Se sentiu menina,
Ela que havia passado,
Uma noite baça,
Que se sentia,
Sem vida,
Consumida,
Pela traça,
Da desilusão.
Mas, aquela luz ali,
Na sala, em si,
Aquela luz divina,
Mudou a sua condição.
E ela, desolada,
Desalada,
Ela que não cria,
Em mais nada,
Ela que não queria,
Existir,
Abrir,
A janela, o coração,
Saiu do costume,
Resplandeceu!
Amanheceu,
Em outra dimensão.
Lá fora um tempo cinzento,
Um contínuo vento,
Lento – reticente...
Surpreendentemente,
Apenas, ela percebeu,
O lume.
- - - - - - - - -
REVIVER
Ela que já não ria,
mais para nada,
no dia a dia,
ficou mudada.
Ganhou viço,
e só por isso,
agradece,
numa prece,
a sua renovação