De repente, num pulo,
romper o casulo,
a parede que prende,
a mente que enreda,
a raiva que ofende.
De repente, num grito,
desobrigar o soluço,
o gemido sofrido,
o choro que queima.
Alforriar o poema.
De repente, num gesto,
engendrar o abraço,
o aperto de mão.
Esbrasear o aço
que gela o coração.
E na calma da alma
gozar a quietude,
a amplitude da paz,
a completude do ser,
a largueza de viver.