DEDOS
Já não tenho dedos pra contar
Todas as vezes que eu tropecei
Quantas pedras juntei para atirar
Todas as verdades que soneguei.
Já não tenho dedos pra contar
Todas as vezes que eu chorei
Fiz das tristezas o meu lar
E de todas as dores minha lei.
Mas eu também posso contabilizar
Tantas e tantas vezes que tentei
Se caí, disse a mim mesmo pra constar:
Juro, eu jamais me entregarei!
Enquanto houver vida a desfrutar
No meu peito um sonho levarei!