TEATRO DA VIDA

Uma Introdução do conteúdo da Poesia TEATRO DA VIDA

Nas vastidões insondáveis do cosmos, o Criador, em um gesto sublime, abriu as cortinas do Universo, revelando um espetáculo de inigualável beleza e complexidade. Assim nasce a obra poética "Teatro da Vida", uma ode ao grandioso drama cósmico que desenrola sob o olhar atento da eternidade.

Neste palco celestial, cada estrela, cada ser, é uma personagem essencial, entrelaçada em uma narrativa tecida com fios de luz e sombra. Em meio a esse esplendor, surge o Filho Sagrado, cuja vinda ao mundo ressoa como o ato mais significativo deste teatro divino. Desde o seu nascimento, uma aurora de esperança e redenção se espalha pela humanidade, refletida nos gestos de perdão às Madalenas, figuras que encontram nas suas palavras uma redenção para suas almas atormentadas.

O Filho Sagrado, ensinava com sabedoria inata até os doutores quando ainda era uma criança. Um dia a sua vida seria trocada por 30 moedas. Sua história, marcada por injustiças e sacrifícios, culmina em um momento de infâmia: Herodes, em um ato de covardia, lava as mãos, deixando a justiça ser traída.

E nós, espectadores e figurantes deste vasto teatro, observamos e participamos, muitas vezes sem entender a grandeza do enredo que se desenrola diante de nós. Cada ação, cada decisão, é um eco distante das escolhas feitas por aqueles que caminharam antes de nós neste mesmo palco.

"Teatro da Vida" é mais do que uma poesia; é um convite a refletir sobre nosso papel neste drama universal, a reconhecer a beleza e a dor intrínsecas à experiência humana, e a perceber que, sob as luzes do firmamento, somos todos atores em uma peça de infinita profundidade e significado.

TEATRO DA VIDA

(Cena do início do mundo até os nossos dias)

a) Vilson Dias Lima

Faça-se a Luz.

E abriram-se as cortinas do grande Teatro

Que ficou todo iluminado.

No teto, céu estrelado,

Com efeitos Luminosos do Artista Perfeito

Ao fundo, o mundo cor de fogo.

Todo o palco decorado

Pela natureza bela

Viva de flores vivas,

De vívidos animais.

E começa o espetáculo do dia a dia.

Uma estrela brilha ao canto,

Via de reis cegos guiados

Anjos e querubins tocam cornetas a compassos lentos.

O artista Maior deitado no berço de relvas,

Antes sede

De matar a fome,

De saciar a sede

Sem fala,

Fala ao mundo

Coadjuvantes

Ímpios imperadores

Homens doutores

Homens seguidores

Homens traidores

Filhos desertores

Madalenas sem destino

Figurantes todos nós.

Participantes das cenas do dia a dia

Matadores não conseguiram vencê-Lo.

Outros, de consciência torturada,

Sujaram as mãos.

Doutores não ensinaram. Foram doutrinados

Seguidores fiéis negaram-no ao terceiro canto

Outros cegos não sentiram as chagas abertas.

Traidores, traídos pelas próprias mãos.

Pródigos não retornaram ao ninho

Madalenas trocam o corpo por trocados

E nós figurantes,

Vamos vivendo obscuros papéis,

Exibindo as cenas do dia a dia,

Até o último ato nesse

... TEATRO DA VIDA