Canteiros de Mim

Da erva e canteiro, uma flor que fluiu.

Minguada, de lua pequena, minguante, de um céu todo cinza.

A pobre semente, de poucas flores e feiúra, um resquício de espinho.

Num solo duro, lançada, as chuvas foram poucas.

No decorrer do canteiro, quase sem beleza e cor, um Sol que ardia o terrão.

No entanto, a névoa da noite, molhou, o sereno caiu discreto.

E da erva e semente, saciou os olhos dos invejosos.

Proliferou a raíz, espalhou um pólen de poesia.

Encheu de frases e belos, incomodou com textos, alguns.

No canteiro de secura, flores se exibem, pássaros vem comer, borboletas fazem festa.

E o sol brilha com alegria, a lua clareia as noites turvas.

Da erva e canteiro...

João Francisco da Cruz