O AMANHÃ É SEU!
O dia a raiar;
A gota de orvalho;
O canto dos pássaros;
O poema em compasso.
O astro rei imponente;
Exuberante e magnificente;
Neste ambiente, janela à frente;
Eu vou lhe saudar, de praxe, insistente.
Graça e rogar sincero;
No prenúncio de inverno;
Estação do ano que mais espero;
Fé e esperança naquilo que quero.
Esperançar é novo dia a raiar;
É acreditar no que há de chegar;
É o brilho do "Sol" vindo anunciar;
Fulgor magestoso ao corpo esquentar.
O fim de ontem foi noite, ficou para trás;
Ao escurecer do fim do dia, repouso em paz;
Viajo ao mundo de Morfeu, em meu sono voraz;
Cedo desperto, no mundo de Gaia, sereno e sagaz;
Antes que o sol erga-se, estou acordado;
A janela é o cinema, do astro tão aguardado;
Se ontem, nas trevas do cair da noite, pelo sonho fui levado;
Hoje, na luz do nascer do dia, pelo horizonte da realidade saúdo o astro.
Olhar o céu e admirar o sol;
Contemplar a beleza e pensar só;
Na noite sozinho, o medo ataca sem dó;
No dia sozinho, as luzes cintilam, são meu farol.
Expurgo o receio de andar só;
As sombras existem, mas veja só;
Embora escura e sombria, a treva não vive só;
A noite é prenúncio de novo dia, arauto do nascer do "Sol".